ZÉ DA VELHA
José Alberto Rodrigues Matos nasceu em dia 04/04/1942, em Aracaju (SE). Influenciado pelo pai começou a tocar trombone aos 15 anos de idade. Não demorou muito sua presença tornou-se obrigatória nas principais rodas de choro.
Seu pseudônino foi originado porque tocava com Pixinguinha, Donga e João da Baiana no conjunto Velha Guarda antes da extinção do grupo, em 1958.
De “Zé da Velha Guarda” ficou só “Zé da Velha”, tendo começado ao lado dos mestres quando tinha apenas 17 anos.
Ele mesmo nos relata...
“Com 15 anos meu pai me deu um trombone de piston, mas meu sonho era ter um trombone de vara. Estudei mais de seis meses e toquei pela primeira vez no carnaval de 1957, no Clube Éden de Olaria. Com o dinheiro arrecadado comprei um trombone de vara.
Estudei com mestre Honorato, professor muito reconhecido na cidade, e aos 17 anos, numa apresentação no Bola Preta, conheci a Velha Guarda do choro.
Tocar com a Velha Guarda, João da Baiana, Donga, Patrício Teixeira, Bide do Flautim e o maior de todos, Pixinguinha, foi minha verdadeira escola”.
Tocou com grandes nomes do choro como Jacob do Bandolim, Joel Nascimento, Abel Ferreira, Waldir Azevedo, Copinha, Paulo Moura, entre outros. Era assíduo freqüentador do famoso bar “Sovaco de Cobra”, no Rio, um reduto de chorões.
Na década de 1990, firmou-se na noite carioca, fazendo ponto e público fiel. Virou epicentro de chorões, atraindo grandes músicos de improvisação, recriando no palco a espontaneidade da roda de choro.
ZÉ DA VELHA E SILVÉRIO PONTES
Conheceu Silvério Pontes, garoto da cidade de Lage do Muriaé, do Estado do Rio de Janeiro, que sonhava "um dia tocar com o Zé da Velha". Assim, com o trompetista e chorão, criou um som renovado. A dupla lançou em parceria o primeiro disco "Só gafieira", em 1995, pela gravadora Kuarup. Como em time que está ganhando não se mexe, a dupla continua firme e forte.
Hoje, data em que Zé da Velha completa 68 anos, presto essa pequena homenagem a esse talentoso artista que, sem dúvida, integra o seleto grupo de mestres que se dedica ao trombone no Brasil.
Dedico este post ao meu querido e único irmão, Ademir de Castro Lima Cardoso, que é fã incondicional de Zé da Velha.
“Receita de Samba”, de Jacob do Bandolim e “Menina Flor”, de Luis Bonfá na interpretação dos instrumentistas: Zé da Velha (trombone), Silvério Pontes (trompete), Charlles da Costa (violão), Alessandro Cardozo (cavaquinho), Netinho Albuquerque (pandeiro) e Rodrigo Jesus (percussão).
Apresentação no Clube do Choro de Teresina, dentro da programação do I Festival do Choro, em 2007, dos instrumentistas Zé da Velha e Nailor Proveta acompanhados dos piauienses Emyllia Santos (sax) e Vando Barbosa (trombone).
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Fonte:
- Dicionário Cravo Albin de Música Popular Brasileira.
- Almanaque do Choro, de André Diniz.
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