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Favor conceituar "fatores higiênicos"...
Tenho uma ligeira sensação de essa linha de argumento vai dar em algo como "choque de gestão"...hummmm...
Marcelo Luiz said:Discordo da idéia do Glauco que não precisa de Administração para resolver o problema da Educação. Por que sem melhoras de salário, e condições de trabalho e conforto não é possível melhorar a auto-estima do professorado.
Marcelo,
Não entendi o que é esse "mecanismo pelo mecanismo" a que você se refere. Insisto no tema, porque me parece que uma das coisas que devemos fazer é buscar maneiras eficientes de dar cursos de capacitação e de reciclagem. Para isto, temos primeiro que ter clareza sobre aquilo que já existe, e está funcionando, e também sobre o que existe e não está funcionando. Não é pergunta retórica, não. É ignorância pura e simples.
Abraço,
João
Marcelo Luiz said:João Vergílio,
Como um projeto bem acabado, seus ítens de cursos de capacitação foram usados na gestão da Erundina como apoio a uma política educacional, atualmente interlidado com algum projeto educacional pelo que sei é no ABCD e talvez em Cubatão, no resto é o mecanismo pelo mecanismo.
Marcelo,
Agora, eu entendi. Olhe, eu acho que a gente tem que saber primeiro POR QUE esse professor não está realmente envolvido com o curso de reciclagem. Se não me engano, você mesmo aventou uma possibilidade que me parece bastante real: os cursos nem sempre estão ligados a uma prática de ensino determinada, e nem sempre levam em conta o interesse específico desse professor. Não quero, aqui, contrabandear argumentos de um ponto para outro. Sou, como você sabe, favorável à fixação de um material didático único para toda a rede, e uma de minhas razões para achar que isso deve ser feito é justamente o fato de que, unificando-se o material, os cursos de reciclagem ficam enormemente facilitado. Mas suponhamos que eu esteja errado, e que o mais conveniente seja mesmo persistirmos na política atual. MESMO ASSIM, eu acho que os cursos de reciclagem têm que ser muito objetivos, específicos, voltados para o interesse imediato do professor em sala de aula. Devem dar muita ênfase às técnicas de ensino mais eficientes em cada caso. "Para explicar a regra de três, há tais e tais técnicas reconhecidamente boas", "Se o aluno estiver cometendo TAL tipo de erro, neste ponto, ele muito provavelmente terá que refazer exercícios DESTE tipo", "Se tiver problemas de disciplina DESTE tipo, é muito provável que TAL COISA esteja acontecendo". Coisas assim. Nada de ficar falando em construtivismo, Paulo Freire, Baktin, Marx, ou coisa que o valha. Quem quiser aprender o que Marx disse, que vá fazer um curso de Ciências Sociais, até para não sair falando barbaridades por aí. Quem quiser estudar Paulo Freire, que vá fazer um curso na Faculdade de Educação. Nada contra. Mas curso de reciclagem é outra coisa. Tem que ser focado na prática de ensino, no cotidiano do professor. Sem isso, transforma-se em outra coisa. Ou, nos piores casos, transforma-se numa coisa horrorosa.
Minha única objeção à progressão continuada, é na verdade uma desconfiança: desconfio que não temos grana, no Brasil, para bancar um jogo desse tipo de modo minimamente eficaz. Temos que imaginar uma receita intermediária, que caiba em nosso orçamento.
Abraço,
João
Marcelo Luiz said:João, cito mecanismo pelo mecanismo, por que em muitas situações os cursos por não estarem ligados a nenhuma prática de ensino ou interesse do professor podem virar apenas um modo do professor não ir para sala de aula, sei que é ruim citar, mas infelizmente já li relatos assim.
Por isso, qualquer mecanismo ou curso é válido, mas tem que se contextualizar pela realidade de onde você utilizará e qual o resultado que você quer, é aquele problema eu defendo a aprovação automática desde que esteja dentro de uma política educacional de educaçào continuada.
Vou ser repetitivo, mas copiar sempre é válido, afinal experiências já consagradas devem ser copiadas mesmo e fica mais barato que tentar "criar a roda", mas tem que se pensar o como estamos utilizando o mecanismo, por isso eu cito sempre que no caso brasileiro o mecanismo parece ser um fim, e não um meio para se chegar a determinado resultado.
João Vergílio Gallerani Cuter said:
Não vejo uma escola como uma empresa...a administração nada sabe das escolas. Nem vejo como a psicologia aplicada a administração possa ajudar, sem mais do que atrapalhar. Em qualquer grande empresa, basta pedir a opinião da diretoria sobre a area de RH para perceber que não é levada a serio, a não ser que ajude a conter gastos trabalhistas.
Peço-lhe que me indique no open course da MIT Sloan School of Management - link abaixo - qualquer coisa que ajude a melhorar a educação no Brasil:
http://ocw.mit.edu/OcwWeb/Sloan-School-of-Management/index.htm
E sobre o pensador Frederic Hersberg, ele já esteve no Brasil? O que ele pensou sobre o Brasil? Com qual comunidade ele dialogou aqui no Brasil? Quais os pensamentos que ele elaborou sobre alguma comunidade carente de periferias, seja no Brasil ou fora do nosso pais?
Marcelo Luiz said:Glauco,
Fatores higiênicos ou fatores de manutenção são aqueles que as pessoas devem receber das empresas como um mínimo para que se esforcem no trabalho. Teoria que teve como pensador Frederic Hersberg, eu já tinha citado em um post que está no quadrado 2.
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