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Diário escolar de um professor:
dia: 13/08/08
Local: Pátio da escola
Aluno: Professor, vou colocar um bomba na caixa d´água da escola..
Prof.: Mas qual o motivo para vc fazer isso?
Aluno: Ah...isso aqui tá muito chato! Professor pegando no pé da gente, xingando..
Prof. : Vc acha que isso é motivo suficiente para vc detonar a escola?
Aluno: (pensando)
Prof.: E os seus colegas? Vc também não vem à escola por causa deles? Como ficaria sem encotrar seus amigos (as) na escola?
Aluno: É mesmo, né, Prof..tem razão..
Prof.: (...)
AnaLú (viu só, achei "meu" comentário)...
Realmente, você desmonta um velho discurso: a defesa de privilégios camuflada de meritocracia.
João,
não, eu não acredito que devamos assumir uma postura contemplativa enquanto a grande revolução da economia e da educação não chegam... mas ficar desgarrado também fica ruim.
Eu acho que não se trata disto, mas de pensar a educação (mesmo para o curto prazo) tendo no horizonte a perspectiva de mudanças mais substantivas, senão a gente vai ficar apenas nas questões mais comezinhas, tipo, um acessório aqui, outro ali...
Tudo bem, a gente cuida do acessório (aliás a gente é especialista nisto, a promoção compulsória é uma delas, porque de continuada ela não tem nada...) mas no curto prazo, o que é fundamental para começar a falar sério de educação? Ter um plano decente de formação e de cargos e salários, certo? Certo! todo mundo concorda. Mas aí vc vê o governo de São Paulo, por exemplo, já sabotando a proposta do governo federal. O que ele quer?
Os governos não querem nem o curto prazo. Progressão continuada? Mentira! Se fosse (e deveria ser, porque progressão continuada não é projeto educacional mas princípio da educação, isto é, o sujeito recebe a formação de acordo com a superação das suas dificuldades) a escola deveria estas equipada com salas especiais, especialistas, projetos de acompanhamento, como deveria ser... e o que vemos? embutido nisto, um programa empresarial de metas.
No curto prazo, eu começaria envolvendo a comunidade. Fazendo com que ela assuma, como parte da sua condição cidadã, a vida da escola. Acho que um diálogo forte com a comunidade, insinuará caminhos novos. E isto implica um grande investimento na gestão da escola, de modo que se pense a educação não como ação de governo mas de Estado. Mais politizada, a escola pode fazer avançar, a educação.
Em um outro âmbito, acredito que programas de incentivo à pesquisa e a pesquisadores, garantindo a permanência de cientistas aqui no Brasil e a prospecção de novos valores por este mundo afora para aqui se estabelecer. Foi e é assim no mundo e o Brasil parece que só agora está se dando conta disto.
Por aí que vejo as coisas.
No documentário Pro dia nascer feliz, de João Jardim, há uma passagem em que é mostrada uma entrevista com uma menina, da periferia de SP, em dois momentos separados por um ano. No meio tempo, ela terminou o ensino médio e começou a trabalhar. Ela declara, então, de modo aberto, que sente um vazio: a falta da escola.
Há algumas semanas atrás, a Folha de S. Paulo publicou um caderno especial com levantamentos de opinião de jovens entre 16 e 25 anos. Impressiona a quantidade deles que passou por pelo menos uma reprovação (54%). Mas, chama a atenção, também, a nota média (de 0 até 10) dada pelo grupo entrevistado para os professores: 8,1.
Bom, Paulo, nao duvido que isso possa ser verdadeiro para alguns alunos. Mas qual a representatividade disso? Será que o Luiz Carlos, por ex., está delirando? E nós todos nos preocupando à toa, tudo vai muito bem? Vamos e venhamos, sao depoimentos escolhidos para um documentário...
Paulo Celso Gonçalves said:No documentário Pro dia nascer feliz, de João Jardim, há uma passagem em que é mostrada uma entrevista com uma menina, da periferia de SP, em dois momentos separados por um ano. No meio tempo, ela terminou o ensino médio e começou a trabalhar. Ela declara, então, de modo aberto, que sente um vazio: a falta da escola.
Há algumas semanas atrás, a Folha de S. Paulo publicou um caderno especial com levantamentos de opinião de jovens entre 16 e 25 anos. Impressiona a quantidade deles que passou por pelo menos uma reprovação (54%). Mas, chama a atenção, também, a nota média (de 0 até 10) dada pelo grupo entrevistado para os professores: 8,1.
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