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Olá pessoal.
Lí lá atrás aquela história do L. Carlos e resolví colocar uma que me marcou muito. Se estiver fora do contexto me desculpem, tá?
Tínhamos um aluno do curso técnico daqueles bem malevolentes. Gostava da gíria e da ginga... Muitos diziam que o cara não daria nada na vida e bla, blá bla...
Eu e meu amigo Aparecido, coordenador do curso de Tele, já haviamos percebido que o cara caminhava na linha do limite entre o bem e o mal; mas notamos que o mesmo tinha uma grande capacidade, um dos melhores da classe.
Um certo dia ele resolveu pichar o banheiro novinho da escola. Foi pego no flagra!
Quando encontrei o Cido ele já havia imposto a punição ao cara e eu perguntei se era suspensão ou expulsão. Que nada disse ele, dei um saquinho de bombril para limpar o que fez!
Morri de rir porque achei a punição exata!
Pois bem, passaram-se dois anos e num belo dia ele apareceu na escola. Agora um comerciante de antenas na cidade de Ribeirão Preto, bem instalado e nos disse:
Professor Cido, professor Lacyr vim lhes agradecer.
Ficamos meio que sem entender e ele emendou:
Voces mudaram minha vida naquele dia. Poderia ter me tornado um bandido se fosse expulso. Mas ao contrário...
E nós não havíamos percebido a dimensão daquilo tudo.
Por isso reafirmo: A escola é um ferro de passar que produz o vinco do caráter do indivíduo, em qualquer fase de sua vida, em qualquer grau de aprendizado.
Por mais alma e menos racionalidade no ensino amigos!
Sobre a discussão das metodologias de ensino, recomendo ver o trabalho publicado por Silvia M. Gasparian Colello,Faculdade de Educação da Univ. de São Paulo, "A Pedagogia da Exclusão no Ensino da Língua Escrita", disponivel em http://www.hottopos.com/videtur23/silvia.htm
© 2022 Criado por Luis Nassif.
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