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Bom dia Marcus André
Iniciamos a sua entrevista para o Dossiê de Rádio Lacan sobre o IX Congresso da AMP-Paris- do último abril - Um Real para o século XXI
1ª pergunta
O “Um-dividual” contemporâneo não é sujeito, é o corpo, é o eu, como contraponto, na Escola de Lacan temos a solidão subjetiva como um crisol que funde o campo da psicanálise em intensão e que permite a emergência de uma resposta sinthomática advinda da experiência analítica, e assim, surge o “Um psicanalista”, como o é você mesmo, Marcus André, e que faz parte da atual safra de AEs da AMP e da Escola UNA.
2ª pergunta
1-Poderia nos relatar sobre o só depois do Real do passe, o ultrapasse que se opera a partir da disjunção da verdade e do real. Para você haveria Um Real próprio a psicanálise? Elevar a escabelo essa experiência singular de um sujeito, como definiu o passe, Miquel Bassols, Presidente da AMP. O que diria você, Marcus André sobre a função de escabelo na Escola Una e na AMP?
3ª pergunta
2-HAUN nomeia o Seminário Internacional da EBP – “há um”, realmente, é um achado de Lacan a sua marca indelével de um novo ensino que projeta a psicanálise ao século XXI. No livro 19,... ou pior, de J. Lacan, na pág.51, lê-se a frase “O ser falante é essa relação perturbada com o próprio corpo que se chama gozo.” Essa definição de Lacan sobre o ser falante, é bastante singular, e eu ressaltaria: essa relação perturbada com o corpo, que é a expressão do Um, quando esse Um introduz uma perturbação de gozo. E encontrei um esclarecimento, precisamente, no Ser e o Um, onde Jacques-Alain Miller faz o comentário de que haveria como que um sulco desta descoberta, quando Lacan não fala mais em castração,e diz simplesmente, desregulação.
4ª pergunta
Tal ruptura de Lacan dá título, ao Congresso de 2014, em Paris, título este dado por Jacques-Alain Miller e nele se encontra a fórmula de Um Real para o século XXI que deriva de "Uma grande desordem, desregulação, do real no século XXI". Após, toda a elaboração, a formação que um evento desta dimensão produz como foi o IX Congresso da AMP para você Marcus André? Como este acontecimento traz a orientação para o “O inconsciente e o corpo falante”, título do X Congresso da AMP- Rio de Janeiro, do qual você é o Presidente?
5ª pergunta
3-No Seminário de Lacan do dia 16 de novembro de 1976, inédito, “L’insu que sait de l’une –bévue s’aile à mourre”, na pág.7, ele nos fala de que há um corpo do imaginário, um corpo do simbólico que é lalíngua e um corpo do real, no qual insere uma interrogação, do qual não sabemos como saímos. A seguir, Lacan aborda a topologia e no que toca o corpo, para ele, não se trata do extenso descartiano, mas sim, é o corpo que funda a idéia de outro tipo de espaço. Marcus André para nos aquecermos para o Congresso de 2016, e celebrar esta iniciativa de nossa Diretora de Rádio Lacan da AMP, Liliana Mauas, de não nos rendermos à modernidade líquida e de elaborarmos este dossiê do último Congresso, nesse sentido, e conversando com o texto de Lacan acima, como foi abordada a questão do corpo do real no último Congresso da AMP?
© 2019 Criado por Luis Nassif.
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