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Mário, está sem link abaixo do seu comentário. Nao estou defendendo ensino decoreba. Mas conteúdos explícitos, sim: o aluno saber o que tem que ser estudado, e ser aquilo o que é cobrado. Nao conhecimentos difusos que vêm de um meio mais letrado...
Logo que saiu o ENEM, eu vi uma prova. Fiquei chocada com a primeira questao. Havia um texto enorme, os alunos tinham que lembrar de tudo o que era dito nele, e comparar com 2 mapas do céu EM ESCALAS DIFERENTES! e depois responder aquele tipo de questao igualzinha a de vestibulares, em que a prova dá várias afirmaçoes, e depois é que vêm as alternativas de resposta, tipo A) As afirmativas 1 e 3 estao corretas, as 2 e 4 nao; B) só a afirmativa 1 está correta; C) as afirmativas 1, 2 e 3 estao corretas; D) nenhuma das afirmativas está correta; E) as afirmativas 1,3 e 4 estao corretas.
Isso numa prova com 60 questoes. Eu levei um tempao para resolver essa questao, que exige muita MEMÓRIA, e nem ao menos é memória do que se estudou, é de conteúdos recém apresentados, e do teor de cada afirmativa e de cada alternativa de resposta. Agora põe aí o nervosismo de hora de prova, o tempo restrito, etc., e só quem tem um grande treinamento em fazer esse tipo de prova consegue.
AnaLú,
Não estou defendendo os exames específicos do ENEM, nem poderia, não os vi nem de perto nem de longe.
Mas tou voltando um pouco não aos conteúdos específicos a serem ensinados no EM (e, nem por sonhos, sou favorável ao pessoal "não-conteudista", aquele do "aprender a aprender" sem saber o quê), mas sim às famosas competências e habilidades.
SE (e o "se" aí em caixa alta e negrito) a TRI for aplicada corretamente, o índice de acerto dessa questão específica faria com que os eventuais acertos a essa resposta fossem minimizados. Claro, isso não diminuiria o peso da tensão. Mas o valor da nota dessa questão específica poderia ser minimizada.
Esse é o princípio básico da TRI. Mas como disse, não sei como ainda está sendo aplicado no ENEM.
Mário.
Este é o problema, a TRI não foi feita para num exame favorecer um ou outro tipo de origem social, é só uma forma de avaliação que pretende ser mais justa dando pesos diferenciados a questões a partir dos acertos, só isto.
Agora as provas, tanto eu como a Ana Lú já estamos olhando a mais de dois anos. E antes disto eu tinha postulado uma hipótese que se tem demonstrado cada dia mais correta, que o ENEM é mais elitista que o vestibular.
Isto eu levantei a quase dois anos e cada dia que passa estou mais convencido, tanto pelo conteúdo, como pela forma, neste ano se prevê 5,5 horas contínuas para a prova que terá redação. Isto é um massacre e só resiste a uma prova desta quem é treinado para isto.
Outra coisa, o ENEM tem longos textos com 3,5minutos para cada questão, isto exige que o aluno demore no máximo 2 minutos para ler cada questão e muitas vezes os próprios textos que precedem as questões não tem nada com a resposta. Em resumo o ENEM é algo montado para ser decodificado por especialistas e resolvidos pelo mesmos, passando posteriormente para os alunos por cursinhos e congêneres.
Outra coisa, o nível de organização do ENEM é um caos, não há treinamento adequado do pessoal que cuida a prova, alunos olham o celular durante a prova (muitos fiscais não recebem treinamento para isto) ele tem tudo para ser burlado. Posso dizer com toda a segurança, a prova do ENEM não tem a mínima estrutura que impeça a fraude. É só verificar como ela é montada. Podem escrever, neste ano haverá certamente outro escândalo.
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