Pois se meu ano acabou com o IMENSO privilégio de assistir Sir Paul Mac Cartney saltitando aos 68 anos no Morumba, o ano não começa menos privilegiado prá Caboclita.
Sabadão, programaço com filha, Summer Soul Festival no Arena Anhembi (tucanaram o nome da área de concentração ou dispersão das escolas de samba do Sambódromo, mas então tá, Arena Anhembi e não se fala mais nisso..).
Obviamente a grande estrela, a mais esperada, era Miss Amy Winehouse, a menina de 27 anos, branca com voz de negra cantora de gospel, que muitos ficam como urubús em cima dos seus sofrimentos, a torcer para que uma overdose permita a nós nos tranquilizarmos, afinal somos "gente de bem", conosco e os nossos nunca...
Ou repetir:não disse??? Uma drogada imprestável...
Ou uma penalização hipócrita: tão novinha...
(Sem contar o espetáculo midiático que renderia)..
Pois bem sras e srs, Amy não precisa de nós, mas a música fica muito maior com ela.
É como zezita que faz esse mundo melhor com seus escritos, suas sensibilidades, sua língua ferina e ferida. Então, prá zezita porque é a minha Amy deste espaço, toda certa porque toda errada e vice-versa ao contrário...
Prá Lady por ter me ensinado que só a arte salva...
Prá Gunter porque a tolerância e liberdade de amar, por nós tão sonhada, estava presente..
E não foi só ela o motivo de minha emoção, também a música que antecedeu miss Amy: Janelle Monáe (excepcional), Mayer Hawthorne, Instituto ( o que menos gostei) e a dupla Miranda Kassin e André Frateschi- ótimos..
Também vcs 3 me vieram à mente porque apesar dos preços salgados impedirem a democracia REAL, estavam lá pacifica e harmonicamente um sonho nosso acalentado: gente de todas as tribos. Só faltou, milagrosamente a chuva, maravilhosamente substituída pela lua e céu estrelado...
Casais gays masculinos e femininos assumidamente se beijando, namorados hetero, gente mais velha, crianças, gente tatuada até a alma e gente careta, maria joana e cerveja, gente de todas as cores, japas e chinas, negros e branquelas como eu, gente bem e mal vestida, de tudo...
Música é tudo de bom e todos pareciam estar ali a celebrar a música e portanto a alegria de viver, nessa semana especialmente dura de estar feliz...
E, na saída, o que não vemos mais: as pessoas, cerca de 30 mil, tomando o lugar dos carros, ocupando o espaço público, andando no meio da rua, atrapalhando o tráfego que tanto nos atrapalha, se vingando do fechamento de mais um espaço - o Belas Artes -nessa cidade insuportavelmente individualista e claustrofóbica...
E, claro, lembrei pela inveja de não saber escrever tão bem como os 3, prá poder expressar melhor a emoção que senti...
Beijos a vocês e salut Miss Amy...
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E num é que em pleno Sertão a danadinha tinha fã...
fiquei admirada.
E sem palavras...
psé, a filhota que sabe que eu curto soul e jazz me apresentou o disco back to black, foi amor à primeira escuta...
O disco já era o segundo dela e deve ter uns 6 anos, então ela tinha 21...
dureza, como diz Simone, na minha idade morrer aos 27 é um escândalo...
vero..
De quem meu filho roqueiro é fã (fora a beatlemania..): Hendrix, Joplin, Morrison...
Entre outros que estão na estrada ainda, claro.
E tem 14 anos de idade...
Não só com relação a essa cantora Amy Winehouse, mas a quase todos os gringos especialmente os que vizitam o Brasil e aqui defecam no Governo e em todos nós como centenas deles e mais recentemente o que fez a cantora mexicana Glória Trevi, tenho verdadeira antipatia, repúdio e asco a essa cultura americanizada que toma conta da mentalidade de nossos compatriotas. Quando morre um cidadão brasileiro verdadeiramente e comprovadamente patriota como recentemente o saudoso José Alencar, não como vice presidente que foi, a imprensa brasileira e o povo, esquecem rapidamente ainda nas primeiras horas de ausencia do falecido e nada mais se comenta sobre o assunto, porém, o gringo aqui em nossa patria é endeusado pelo povo e bajulado pelo Governo, uma fedentina que fica eternamente a incomodar aqueles que lutam pela conservação do amor, dignidade e vlorização do Brasil. Se eu fosse falar aqui o que penso desse sentimento, com certeza eu seria crucificado e provavelmente expurgado deste espaço.
Ariston, no que depender de mim, vc fala o que quiser, concorde eu ou não.
Mas, opinião minha, a arte não tem fronteiras...
E ainda bem, assim a bossa nova chegou aos gringos, o jazz soul e rock chegou a nós...
Assim leio Cervantes, Sheakspeare, Fernando Pessoa, como leio Machado de Assis, Monteiro Lobato.
Assim escuto Bach, Beethoven, Mozart como escuto Villa Lobos, Camargo Guarnieri,
E a lista poderia seguir indefinidamente.
Salut.
Cabocla, Del Ryo, Liu: nos encontramos em outro lugar. A mediocridade é insuportável, o bairrismo idem, a ignorância é o pior dos males, e gera o preconceito. beijos e bye
Para não passar como desatencioso: Não posso nem devo responder à uma mulher no que ela exige, vejo-a generalizadamente como uma SANTA e à ela eu me reverencio, porém, desde que ela não seja uma exceção como a de quem falo, Glória Trevi.
salut e enjoy Amy....
ela nãofoi "criada" pela indústria musical, talvez destruída sim...
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