Este é de um amigo meu que adora escrever
Caixote de Feira: Palhaçada
“(...) pelo contrário, Deus escolheu as coisas loucas do mundo para envergonhar os sábios e escolheu as coisas fracas do mundo para envergonhar as fortes;
e Deus escolheu as coisas humildes do mundo, e as desprezadas, e aquelas que não são, para reduzir a nada as que são;
a fim de que ninguém se vanglorie na presença de Deus. (...)”
(1 Coríntios 1.27-29)
“(...) se, todavia, fazeis acepção de pessoas, cometeis pecado, sendo argüidos pela lei como transgressores. (...)”
(Tiago 2.9)
... e podem chamá o Macaquinho de bôbo ô du qui vocês quiserem... A coisa mais linda que eu vi nesse ano, foi a neguinha, filha menor do Barak Obama, no comício da vitória dele, entrando no palanque num estádio daqueles bonitões dos U.S.A e ABUSA, acompanhada do pai, da mãe e da irmã maior. A Rêcó News ficô repetindo essa imagem toda hora na programação da manhã do dia 05. ... e eu tava em casa tomando café e vi. Café com leite (café, Pilão, o melhor; leite, qualquer um de caixa – o mais barato), com pão (pão de forma Seven Boys – R$ 2,47 o pacote de 500 g, de leite, na promoção no Imperatriz do Shopping Beira-Mar), e requeijão (Elegê Light pote de 250 g - e que agora eu num me lembro mais do preço, nem onde eu comprei – é a senilidade chegando). ... e a neguinha, filha menor do homi, ficô mais filmada, porque vinha assim na tela (da esquerda pra direita): o pai, ela (de mãos dadas com ele), a mãe e a irmã maior. Intão ela apareceu mais. ... e as câmeras largaram o pai, por um pentelésimo de segundo, e focaram nela. ... e ela era a coisa mais linda do mundo!!! O sorriso da neguinha... Deus o livre!!! ... e ela vinha alegre e serelepe, que seu pai tinha ganho. Virgem Maria, Meu Pai! ... e a minha mente tava vendo aquilo tudo e me veio na cabeça imediatamente o seguinte: Caráter!!! Do Kunta Kintê ao Obama! Caráter! Lembra do Kunta Kintê? Aquele neguinho que era o personagem principal daquela série americana que passô há mó tempão na TV, “Raízes”, mostrando a saga da negritude daquele país, arrancada à força da África e trazida pra América, pra construí isso tudo. Alis, o filme “Amistad”, do Spielberg, mostra espetacularmente isso. Nos meus inesquecíveis 1º e 2º graus, que no meu tempo se chamavam, Ginásio e Científico, aprendíamos História através dos livros do Armando Souto Maior, “História do Brasil” e “História do Mundo” – este tinha por capa uma foto do Partenon. Por eles travei contato com um grande historiador e cronista brasileiro (cujo nome não consigo lembrar), que tinha uma frase formidável sobre um aspecto da História do Brasil. Ele dizia: O negro são os pés e as mãos do senhor de engenho. Que espetáculo esta frase! Que profundo! O racismo é uma merda! Ou ainda, o racismo é como se fosse um câncer, um câncer social.
Nós podemos ter o nosso racismo, que pra uns é até pior que o dos E.U.A.. Mas, pra mim, não! Não dá nem pra comparar. O deles é muito pior. Lá há ódio. Aqui não. Lá eles não se miscigenaram. Há duas culturas. Aqui, a fudelança foi de tal ordem (Graças a Deus!!!), com o branco português se encantando com a negra africana e a índia local, e vice-versa e versa e vice, que séculos depois foi dar naquela música do Gil e do Caetano (“Haiti”) que diz que quase pretos, quase brancos, e por aí vai. Lindo!!! O Brasil é lindo!!! E naquela novela que aquele ator negro (que eu esqueci o nome) namorava a ex-Garota-agora-Titia-do-Fantástico, Paula Burlamaqui, tendo como tema aquela música que a Alcione cantava... Eu ia à loucura! E depois naquela ôtra novela, que o taxista português namorava uma negra... Eu ia à loucura de novo... Era a História do Brasil!!! E eu falava muito isso pra minha grande amiga Ex-(já passô)-Fera-Ferida-Feranda e acho até que eu vô mudá o apelido dela e passa a chamá ela de “História do Brasil”. É... ... e se me perguntassem qual era a maior contribuição do negro pra cultura brasileira, eu dizia assim, rápido, sem pensá muito: o riso! E ouvindo isso, lá no céu, eu até tô vendo o Darcy Ribeiro com um sorriso no rosto. É... O riso, mais uma porrada de coisa qu’eu num vô escrevê agora, e a bunda. É! A bunda! Viva a bunda da mulher brasileira. E porque será qu’ela tem a bunda mais bonita do mundo? Um prêmio pra quem respondê!
Mas eu, como aquele imortal da Academia Brasileira de Letras (que nem de Esquerda é), cujo nome tá me faltando agora, também acho que o tal de ser humano (como gosta de dizer um amigo meu, esse sim, imortal, um tal de Ivens) é uma experiência que deu errado. Tinha qui sê qui nem com os dinossauros, acontecê um cataclismo, exterminá essa espécie, e recomeçá o ciclo evolutivo todo de novo, pra vê se surgia um bicho novo, talvez melhor, que desse mato aí num sai mais nada (de bom, é claro!). Arrêgo! É muita merda! Intão, em cima disso, eu acho que o racismo num vai acabá nunca. 3.000 anos vão se passar e a gente vai tá falando das mesmas merdas.
Mas voltando aos U.S.A e ABUSA, eu, discrente de tudo, acho que num vai mudá nada (pra nós, periféricos). Mas mesmo assim, a gente é bobo e tem aquele ditado popular que diz que a Esperança é a última que morre. Intão quando eu vi essa neguinha hoje de manhã, e o sorriso dela, eu fiquei lôco. Loquinho da silva. E as comparações com o Lula valem. É a mesma coisa. Num caso é o negro sacaneado d’uma sociedade. No outro, um retirante. Vou repetir: um retirante. Arrêgo! Caráter 3 milhões de vezes!
Não vai mudá nada. Lembrem-se que o cão (cadela) de guarda do ôtro era uma negra. Mas é o caso em particular. O simbolismo da coisa.
... e a Bobo tava com 27 correspondentes lá, mais o chefe, o William “James” Bonder. I a Fátima Bem Tarde, mulhé dele, apresentô o jornal com as cores da bandeira do cão, a bandeira deles. Eu reparei. É! E a minha mulhé falô que à tarde, a maior mauricinha do Brasil, a Sandra Ah! Nem Blerg!, tava cu’as cores da bandeira do capeta também. É... Alerta!
... e pra quem num entendeu ainda o título, palhaçada é o racismo.
... e o nome do meio do cara inda é Hussein! Eu num güento! Assim é demais pro coração do Macaquinho.
... e a neguinha rindo era a coisa mais linda do mundo...
Beijos! Beijos! ... e mais beijos! Do Macaquinho! Vazei. Hoje, a seco. Sem cafezinho, nem docinho. Que a vida é assim: cheia de altos e baixos. Uma hora, pão francês de ontem com margarina. Ôtra, café colonial do Pegorini. Rarararara! Tchau!
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VELHO TEMA I
Só a leve esperança em toda vida
disfarça a pena de viver, mais nada;
Nem é mais a existência, resumida,
que uma grande esperança malograda
O eterno sonho da alma desterrada
sonho qie traz ansiosa e embevecida,
é uma hora feliz, sempre adiada
e que não chega nunca em toda a vida
Essa felicidade que supomos,
árvore milagrosa que sonhamos
toda arreada de dourados pomos,
Existe, sim: mas nós não a alcançamos
porque está sempre apenas onde a pomos
e nunca a pomos onde nós estamos
Vicente de Carvalho.
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