"... O problema é que quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente da tevê ou do computador. Simplesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação. Sem ter programado, a gente pára pra pensar.
Pode ser um susto: como espiar de um berçário confortável para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para algum absurdo. Outras, para um jardim de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar: reavaliar-se. Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto. Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida. Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar. Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo. Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos. Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem. Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada ..."
(Lya Luft)
Blog de Rita de Cassia Vancini
Ah, desculpem minha ignorância... Mas...esclareçam-me, por favor. Ainda que nos (re)cadastremos no novo blog, tudo que já foi postado nas nossas "páginas" no antigo Portal (VÍDEOS, fotos, presentes, mensagens)...será perdido ?
Postado em 3 junho 2010 às 0:30 — 3 Comentários

https://www.youtube.com/watch?v=i0PWukxRV8U
O Brasil vai finalmente poder conferir, ao vivo, o talento, a diversidade e o multiculturalismo do Idan Raichel Project, que já viajou o mundo todo com 10 de seus principais integrantes. Através da iniciativa do Hillel Rio, umas das mais fortes instituições judaicas voltada para jovens no Brasil, o coletivo fará apresentações no Rio de…
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Postado em 3 dezembro 2009 às 0:03
Caixa de Recados (15 comentários)
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É sempre muito bom encontrar pessoas de sorte como eu que são de Santo André.
Abraços e Novamente obrigado
Mas isso é bom, faz com que você não fique parado no tempo e seja promotor de uma nota só.
Além do que estamos em contato direto com a população, sabemos o que lhes aflige e somos mais respeitados por isso nas Comarcas onde trabalhamos.
E sim, o salário é igual aos promototres federais.
Abraços, Maria.
Quanto ao MP, os Estaduais trabalham mais que os Federais. Nós cuidamos de crianças e adolescentes, idosos, pessoas portadoras de deficiência, meio ambiente, família, sucessões, sonegação fiscal, improbidade administrativa, (fazemos muito júri), criminal (todos os tipos do Código Penal e legislação especial), terceiro setor, fundações, direitos humanos, saúde pública, registros públicos, controle externo da atividade policial, execução penal, sem contar o cível, quando há nos processos menores ou incapazes..
Beijão
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