BRASIL! BRASIL!
(17-set-11)
José Serra e o submundo
Charge do Bessinha
Governo vai ampliar Bolsa Família
Leila Lopes: lições da Miss Universo
Manifestação na Paulista pede democratização da comunicação
Inquérito conclui que repórter de Veja tentou invadir quarto de Dirceu
A crônica não-anunciada do colapso neoliberal
Globo e Band perdem participação entre TVs ligadas
Apertado ou atrasado. Governador, tem uma terceira opção?
José Serra e o submundo
Posted: 17 Sep 2011 04:30 PM PDT
Redação, Carta Capital
“O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), foi rápido na decisão de mandar cancelar um contrato firmado sem licitação pelo antecessor, José Serra, com uma polêmica empresa de contraespionagem. Mas a agilidade- de Alckmin não aplacou a oposição, que quer o esclarecimento completo do caso. Foram gastos ao menos 2,6 milhões de reais nos últimos três anos com supostas detecções de “intrusões eletrônicas”, embora o serviço pudesse ser feito gratuitamente pela própria inteligência da polícia paulista, pela Polícia Federal ou por meio do Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin), a partir de denúncias de espionagem. Mas não foi comunicado crime nem pedido nesse sentido, segundo a Secretaria da Segurança Pública.
A Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo (Prodesp) contratou a carioca Fence Consultoria, empresa do coronel da reserva Ênio Gomes Fontenelle, ex-chefe de Telecomunicações do extinto Serviço Nacional de Informações (SNI), em 2008. Alckmin mandou romper o contrato na quinta-feira 8, logo após vir à tona uma denúncia sobre o contrato, do deputado estadual Simão Pedro (PT). O parlamentar decidiu recorrer ao Ministério Público (MP) e tenta articular uma CPI na Assembleia Legislativa para que o caso seja investigado. São muitas as dúvidas legais sobre o contrato. Ele não conseguiu respostas sequer sobre os serviços que teriam sido executados pela empresa.
As ligações da Fence com Serra são antigas e notórias: a empresa atendeu o tucano pelo menos entre 1999 e 2002, quando ele foi ministro da Saúde, e acabou citada no caso Lunus, denúncia que tirou Roseana Sarney do páreo eleitoral, em 2002, atribuída pela família Sarney ao ex-governador de São Paulo. E se livrou de um indiciamento por comunicação de falso crime ao informar, em 2006, que ministros do Supremo Tribunal Federal estavam grampeados. Fontenelle disse que não comentará o caso, e reclamou: “O contrato já está rescindido e eu fui o prejudicado”.
A Prodesp também é lacônica em sua justificativa sobre o caso. Sobre os serviços que realmente teriam sido realizados e mesmo acerca dos supostos prejuízos com a interrupção do contrato de maneira abrupta, a companhia limitou-se a repetir os argumentos do contrato: “Tinha como objeto a prestação de serviços técnicos especializados em segurança de comunicações, envolvendo linhas telefônicas em ambientes internos e externos, visando à detecção de intrusões eletrônicas nas instalações da Prodesp”.
Charge do Bessinha
Posted: 17 Sep 2011 04:22 PM PDT
Governo vai ampliar Bolsa Família
Posted: 17 Sep 2011 04:17 PM PDT
Luciana Lima, Agência Brasil
“A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, vai anunciar na próxima segunda-feira (19) uma ampliação no número de pessoas beneficiadas pelo Bolsa Família, principal programa de transferência de renda lançado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Entre as propostas está a de aumentar de três para cinco o limite de filhos beneficiados por família.
O ajuste no Bolsa Família tem o intuito de alinhar o programa de Lula ao Brasil sem Miséria, linha mestra da proposta social do governo da presidenta Dilma Rousseff. O impacto da medida ainda não foi anunciado. A meta, de acordo com o governo, é que até o final de 2013, o Bolsa Família possa beneficiar 1,2 milhão a mais de crianças e adolescentes.
O governo trabalha com dados do Censo 2010 que apontou um perfil bastante jovem da população em situação de pobreza extrema no Brasil. De acordo com o levantamento, 40% da população extremamente pobre no país tem até 14 anos.
A ampliação não vai incluir o aumento dos valores pagos pelo programa, apenas do número de beneficiadoss. Atualmente, cada família recebe R$ 32, por filho.
Atualmente, 12 milhões de famílias recebem o benefício que se destina a lares com renda per capita de até R$ 70 - consideradas famílias em situação de extrema pobreza - e entre R$ 70,01 e R$ 140 - famílias consideradas pobres.
Para receber o benefício, a família precisa estar inscrita no Cadastro Único, com os dados atualizados, além de cumprir uma série de contrapartidas nas áreas de educação, saúde e assistência social.”
Leila Lopes: lições da Miss Universo
Posted: 17 Sep 2011 04:02 PM PDT
Vitor Hugo Soares, Terra Magazine
“A turma políticamente correta de plantão que me perdoe, mas devo registrar neste espaço de opinião a quem possa interessar: fiquei acordado até altas horas na madrugada da segunda para a terça-feira, ligado na transmissão do concurso Miss Universo, feita de São Paulo pela TV Band para milhões de espectadores no Brasil e no mundo inteiro (sim senhor!).
Um evento pela primeira vez realizado no Brasil e cujo resultado foi histórico: a vitória da representante de Angola, Leila Lopes, na festa da beleza mundial. Não me arrependo um segundo sequer do sono perdido. Afinal, é isso que me permite afirmar agora: poucos fatos jornalísticos foram tão importantes e merecedores de repercussão esta semana, apesar do estranho pouco caso dispensado ao assunto pela maioria da imprensa brasileira. Principalmente, as redes mais poderosas de televisão - salvo evidentemente a própria Band, uma das promotoras do concurso de beleza.
Um acontecimento exemplar destes dias de setembro. Tanto sob o ponto de vista da própria magnitude da festa social em si e dos recursos dispensados em sua realização e cobertura (humanos, técnicos e financeiros), mas também quando analisado como fato relevante de comportamento e indiscutível significado social e político. Em alguns países, é verdade, bem mais que em outros.
Considero-o tão ou mais expressivo e digno de registro, análises e suíte de repercussão, quanto o surpreendente recorde (?) conseguido esta semana pelo governo da petista Dilma Rousseff - cada vez com mais forte coloração peemedebista e influência do senador Jose Sarney e do vice-presidente, Michel Temer: seis ministros atirados pelas vidraças do Palácio do Planalto antes da administração completar nove meses. Um deles, membro do PT, conseguiu na Pesca um abrigo de consolação.
Pode contar, usando agora os dedos das duas mãos. E pelo bafafá da surda guerra interna de poder, o efeito dominó pode não parar na surreal pedra (estorvo talvez fosse uma expressão melhor) representada pelo ex-ministro do Turismo, cuja escolha do substituto parece tão estranha e sem sentido quanto a indicação inicial. Pelo menos para os interesses do turismo nacional e elevação da capacitação técnica e ética da equipe do primeiro escalão do governo, tão apregoada pela presidente.”
Foto: Fernando Borges/Terra
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Manifestação na Paulista pede democratização da comunicação
Posted: 17 Sep 2011 03:59 PM PDT
Flávia Albuquerque, Agência Brasil
“Cerca de 100 pessoas, segundo a Polícia Militar, participaram hoje (17), no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na Avenida Paulista, de uma manifestação pela democratização da comunicação no Brasil. Organizado pelo Movimento dos Sem Mídia, o objetivo é cobrar dos veículos de comunicação uma cobertura imparcial dos casos de corrupção no Brasil, independentemente da esfera de governo e do partido envolvido nas denúncias.
De acordo com Antonio Donizete da Costa, um dos organizadores da manifestação, o movimento lançou também uma campanha nacional de apoio à democratização e regulamentação dos meios de comunicação. “Aqueles que quiserem apoiar a campanha poderão se manifestar por meio de um abaixo-assinado que ficará disponível no Blog da Cidadania”, disse Donizete. O documento será encaminhado para a Frente Parlamentar pela Democratização da Comunicação, da Câmara Federal.
O Movimento dos Sem Mídia reivindica ainda a descriminalização dos movimentos sociais. “A mídia trata muito a questão de movimentos sociais como se fosse caso de polícia e quem fazia isso era a ditadura militar. Hoje estamos em um regime de pleno Estado de Direito e democrático. Essa postura da mídia também é nociva para a sociedade”, declarou.”
Inquérito conclui que repórter de Veja tentou invadir quarto de Dirceu
Posted: 17 Sep 2011 06:24 AM PDT
“Investigação durou duas semanas; foram ouvidos o repórter Gustavo Ribeiro, o ex-ministro José Dirceu e uma camareira do hotel Naoum; “houve mesmo tentativa de invasão a domicílio”, diz delegado Laércio Rosseto; inquérito será encaminhado a juizado criminal de Brasília; pena: três meses de prisão
Evam Sena, Brasil 247
A investigação policial sobre a tentativa de invasão de uma suíte ocupada pelo ex-ministro José Dirceu por um repórter da revista Veja acaba de ser concluída. O chefe da 5ª Delegacia de Polícia Civil do Distrito Federal, Laércio Rosseto, chegou à conclusão que o jornalista Gustavo Ribeiro realmente tentou violar a suíte ocupada pelo petista no Hotel Naoum Plaza, em Brasília, no dia 24 de agosto de 2011. “O jornalista alega que a intenção era a de verificar se o alvo de sua reportagem estava mesmo hospedado no hotel, mas também admitiu que tentou entrar em um ambiente privado”, disse o delegado ao 247.
Rosseto colheu depoimentos de Dirceu e do repórter, além da camareira para quem Gustavo pediu que abrisse o quarto, e, também, do responsável pela segurança do hotel. O resultado da investigação, apoiada em imagens do circuito interno do hotel, cópia dos depoimentos e outros documentos, será encaminhado para o Juizado Especial Criminal de Brasília, que vai decidir se abre processo contra Gustavo. A remessa ocorre já na próxima semana.
Em depoimento feito na delegacia no dia 29 de agosto, a camareira cujo nome não foi revelado contou que Gustavo Ribeiro pediu a ela para que abrisse os dois quartos conjugados ocupado por Dirceu no 16º andar. Ribeiro alegou que as ocupações eram ocupadas por ele próprio, segundo a versão da camareira, mas que esquecera as chaves do lado de dentro. A funcionária do Naoum Plaza afirmou ao delegado que negou o pedido porque tinha “segurança” de que as suítes eram ocupadas pelo ex-ministro petista – e não pelo jornalista.
Segundo a camareira, o repórter “reiterou o pedido, insistindo para que abrisse o apartamento”. A funcionária, então, consultou uma lista de hóspedes do andar privativo e, em seguida, pediu ao repórter para se identificar pelo nome. Ele disse chamar-se Gustavo, mas continuou insistindo em entrar. Enquanto fazia “sucessivas negativas”, na expressão da própria camareira ao delegado, de abrir a porta, ela não encontrou o nome dele na lista. O jornalista da Veja, então, disse que havia se enganado e foi embora.
Mais tarde, porém, Ribeiro hospedou-se no mesmo andar em que fica a suíte que Dirceu ocupava. Em depoimento dado ao delegado no dia 6 de setembro, o repórter afirmou que não chegou a passar a noite no hotel, mas assumiu que pedira para que a camareira abrisse o quarto do ex-ministro. Em sua defesa, o profissional de Veja se defendeu dizendo que o objetivo era somente verificar se Dirceu estava mesmo hospedado no hotel, conforme lhe havia sido informado, e não para entrar no quarto.”
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A crônica não-anunciada do colapso neoliberal
Posted: 17 Sep 2011 06:12 AM PDT
“Ou o debate como farsa
Márcia Denser, Congresso em Foco
O colapso do neoliberalismo tornou-se crônico e, só não se anuncia oficialmente, devido à oposição da mídia hegemônica que detém o monopólio da negação do óbvio, dificultando a saída da crise e tornando o debate uma farsa, um jogo de cartas marcadas. Esta é a posição do economista Luiz Gonzaga Belluzzo, um dos debatedores que, esta semana em Sampa, discutiram no Seminário “Neoliberalismo, um colapso inconcluso”, promovido pela Carta Maior e PUC-S.Paulo, e que contou com a participação ainda de Emir Sader (Uerj), Samuel Pinheiro Guimarães (Itamaraty), Ignacy Sachs (Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais – Paris), Ladislau Dowbor (PUC-SP), entre outros.
E Belluzzo vai mais longe ao afirmar que o consenso em torno de certas ideias de dominância financeira – idéias que estão na origem da atual crise – não seria possível sem sua difusão massiva pela mídia. Não se trata de uma teoria conspiratória. Isso se deu através de um processo social em que as camadas dominantes impõem as idéias dominantes (como eu mesma já afirmei em várias colunas).
Ele adverte que não se pode perder a dimensão da luta social, como ela se desenvolve e como maneja os símbolos, os significados, as palavras. Tome-se como exemplo da queda da taxa de juros brasileira: isso produziu espanto em certos jornalistas, em outros, indignação. As mais escandalizadas foram aquelas pessoas que sempre ouviram o contrário, “que era um perigo, que seria a ruína”. O fato é que as ideias têm uma força material enorme – a força material das idéias dominantes.
O sociólogo Norberto Elias afirmava – e com razão – que é muito difícil desconstruir um consenso como este, daí o papel crucial da luta social e política. Ou alguém ainda acha que a crise vai se resolver automaticamente por si própria? Não há tal magia. É preciso formular alternativas. A solução dita ‘normal’ é previsível, segundo o economista americano Doug Henwood, que assina a newsletter sintomaticamente chamada ‘Left Business Observer’.
Henwood foi encarregado de escrever sobre Wall Street, antes e depois da crise. É muito fácil, diz ele: Antes da crise, Wall Street era o locus mais poderoso de interesses políticos, econômicos e sociais dos EUA. Depois da crise, Wall Street continua sendo o locus mais poderoso de interesses políticos, econômicos e sociais dos EUA. Não é estranho? Como se Wall Street NÃO FOSSE o próprio centro do furacão!”
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Globo e Band perdem participação entre TVs ligadas
Posted: 17 Sep 2011 06:05 AM PDT
Redação, adNEWS
“As duas únicas emissoras de TV aberta que perderam share (participação entre os televisores ligados) este ano, até agora, foram Globo e Bandeirantes. De acordo com dados Painel Nacional de Televisão do Ibope, a média da líder de audiência caiu 5% de janeiro a agosto.
Os números, divulgados pela colunista da Folha de S.Paulo Keila Jimenez, mostram que a Globo teve uma média de 44,6% de share no mesmo período de 2010, mas agora está com 42,6%.
A Band, que registrou 5,6% no ano passado, passou a estar em apenas 5,2% dos domicílios em 2011.
Por outro lado, SBT e Record tiveram acréscimos. O primeiro tinha 13,2% e subiu para 13,4%. Já o canal de Edir Macedo foi de 16,8% para 17%.
A única que se manteve inalterada foi a RedeTV!, que não saiu dos 2,6%.”
Apertado ou atrasado. Governador, tem uma terceira opção?
Posted: 17 Sep 2011 05:55 AM PDT
Leonardo Sakamoto, Blog do Sakamoto / Envolverde
“Não sei se o governador Geraldo Alckmin acredita nisso mesmo, é um gozador ou só está mal assessorado na área de comunicação. Mas alguém deveria dar um toque que certas declarações não pegam bem. De acordo com o UOL Notícias, após viagem inaugural em um novo trecho da linha 4-amarela do metrô de São Paulo, ele afirmou que, entre viajar em vagões cheios e ficar preso no trânsito, a população escolhe a opção número 1. “As pessoas preferem ir um pouco mais apertadas para chegar em casa mais cedo.”
Fiquei esperando o “Há! Peguei vocês!” logo na sequência. Mas não veio.
O crescimento da malha metroviária de São Paulo não deveria vir acompanhada de um aumento suficiente de trens para abastecer a rede? Sim, mais isso é só um detalhe que passa despercebido em datas festivas na Paulicéia, com grande concentração de políticos e Aspones, como a inauguração de estações de metrô. Pode parecer que não, mas a população não gosta desses maniqueísmos. O do governador foi sutil, mas teve o mesmo DNA de “ou você aceita este leite em pó carunchado na merenda escolar e se dê por satisfeito ou vai tomar água da pia e ficar quieto!”.
O metrô transporta hoje 4,1 milhões de pessoas e deve chegar a 4,5 mi até o final do ano. E o governo estadual promete investir em tecnologia para reduzir o tempo entre as composições. A ver… Um amigo-jornalista me cobrou de uma frase que escrevi há tempos, que o metrô em Sampa só cresce em ano de eleições. É a mais pura verdade. O problema é que a linha 4-amarela está tão atrasada que ultrapassou o cronograma de ano eleitoral.”
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