Carta Maior
Uma das primeiras medidas do governo interino – e ilegítimo – de Michel Temer, iniciado em 12 de maio de 2016, foi o cerceamento da mídia alternativa no Brasil. Copiando o governo Maurício Macri, na Argentina (leia mais), em apenas sete dias, o Planalto determinava a suspensão, em cima da hora, do patrocínio pela Caixa Econômica Federal (CEF) do 5º Encontro Nacional de Blogueiros e Ativistas Digitais, em Belo Horizonte.
Um mês depois, em 14 de junho, os jornais anunciavam a quebra de contratos entre organismos da administração direta e indireta do governo federal e microempresas da mídia progressista, entre elas, a Carta Maior.
Ao promover a quebra de contratos em plena validade, firmados pelos governos anteriores, o atual governo interino – e ilegítimo - fere princípios democráticos e ataca politicamente, por meio do arbítrio, a liberdade de expressão no país. E o faz, com pleno apoio do oligopólio midiático, passando por cima, inclusive, de um dos dogmas da Rede Globo: a quebra de contratos.
Basta lembrar o ano de 2003, quando o ex-presidente Lula assumiu o poder, o terror promovido pelos veículos das Organizações Globo, com seus colunistas e economistas de plantão, incensando a ameaça de quebra de contratos no país. Curiosamente, quando isso efetivamente ocorre, o carro chefe do oligopólio da comunicação do país aplaude, ou seja, sua indignação tem lado, depende do tipo de contrato, de quem são as partes envolvidas e qual o objeto.
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A denúncia do golpe, somada ao exercício crítico e independente, não poderia ser, jamais, de “interesse público” segundo os golpistas. O incômodo é notório, sobretudo, em dois ferozes editoriais de O Estadão - “Blogs com dinheiro público” e “A Justiça e os ´blogueiros´”.
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http://app.cartamaior.com.br/s/?7029.4170.912805.0.204.2736284.9.21...
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Ilustração: AIPC - Atrociou International Piracy of Cartoon
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