No carnaval de 1954, a concorrência entre as marchas de carnaval não era nada fácil. Clássicos como os sambas ''A fonte secou'', de Monsueto, e as marchinhas ''Saca-Rolha'', de Zé da Zilda, Zilda do Zé e Valdir Machado, ''Vagalume'', de Vitor Simon e Fernando Martins, e ''Piada de salão'', de Klecius Caldas e Armando Cavalcânti, disputavam a preferência popular nos bailes e nas ruas de todo o País
O problema da falta d'água e de luz é beemm antigo nas cidades brasileiras.
Muitas são as marchinhas que denunciam as deficiências urbanas como Tomara que chova, de Paquito e Romeu Gentil.
Tomara que chova
três dias sem parar
A minha grande mágoa
É lá em casa não ter água
Eu preciso me lavar.
Muito popular, neste assunto, é a marchinha Vagalume, de Vitor Simon e Fernando Martins
Lançada em 1954 no Rio, a marchinha alcançou mais sucesso entre os paulistas que entre os cariocas, certamente porque não se considerava adequado, ao invés de louvar as belezas, cantar as mazelas da cidade. Mas em São Paulo, a marcha fez um enorme um sucesso, talvez por conta de um certo espírito gozador dos paulistas em relação aos cariocas.
Vagalume de Vitor Simon e Fernando Martins,
"Rio de Janeiro
Cidade que nos seduz
De dia falta água
De noite falta luz
Abro o chuveiro
Oi, Não cai um pingo
Desde segunda
Até domingo
Eu vou pro mato
Oi, pro mato eu vou
Vou buscar um vagalume
Pra dar luz ao meu chatô"
Aqui a marchinha na versão do elenco do espetáculo Sassaricando, recentemente em cartaz
Agradeço à Helô Lima que, na sua gentileza infinita, não só me mandou o arquivo, como ainda editou
a faixa do CD onde está a marcha Vagalume.
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