
Os sons da acordina
Ecoam no silêncio da noite,
Marcando as horas eternas
Do delírio
De homens sem medo...
Em corrilhos infindos,
Eles sonham com a liberdade.
Sonham e caminham...
Caminham para a força,
A guilhotina
E a crucificação...
Caminham,
Vertendo o cálice
De sua dor,
E, bêbados de alegria,
Cantam hinos,
Hosanas e aleluias...
Eles sabem:
Sabem que cutelos,
Cassetetes,
Obuses,
Baionetas, sabres e tanques
Não são capazes
De matar o sonho...
As cabeças rolam,
O sangue jorra,
Mas não morre a semente
E nem puba o fermento...
O “dia da derrama”
Há de ser
Numa madrugada qualquer...
E o sol haverá de iluminar
Este novo dia
Em que todos os homens
Haverão de correr livres
Por dourados trigais...
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