Da revista Época
Grupo é suspeito de ganhar licitações ilegalmente
As empresas de informática CTIS, Politec, Policentro e Poliedro são suspeitas de pagar propina e de formar cartel para ganhar contratos no governo
Rodrigo Rangel e Murilo Ramos
Elas fazem parte de um grupo conhecido em Brasília como "Clube do Milhão (...) Agentes da PF e funcionários da Secretaria de Direito Econômico (SDE) visitaram a sede de quatro empresas do clube como parte da Operação Mainframe, deflagrada para investigar denúncias de formação de cartel num setor em que apenas ministérios e agências reguladoras gastaram R$ 1,7 bilhão em 2007. Os documentos recolhidos na investigação contêm indícios de pagamentos de propina a políticos e a funcionários de órgãos a que as empresas prestam serviços e sugerem a formação de um cartel para divisão das licitações.
As empresas acusadas são: CTIS, Politec, Policentro e Poliedro. Nos papéis recolhidos no escritório de um dos diretores da Policentro foram encontradas anotações com nomes de políticos, com valores anotados ao lado. Há suspeitas de que se trata de uma contabilidade com pagamento de propina. Entre os nomes listados, segundo os investigadores, há o de um senador.
(...) A CTIS recorreu à Justiça e obteve uma liminar para evitar a abertura dos malotes lacrados que contêm o material apreendido em suas instalações. Nos próximos dias, o Tribunal Regional Federal de Brasília vai examinar o mérito da liminar.
O diretor-financeiro da Policentro, Álvaro Sá Freire Neto, afirmou desconhecer os pagamentos a políticos. Ele disse que a Policentro foi incluída na investigação indevidamente. "Faz um ano que a gente não tem nenhum contrato com o governo federal." (...)
O suposto esquema começou a ser investigado em 2005, a partir de uma denúncia do Ministério da Educação. Numa licitação feita pelo ministério, 30 empresas retiraram o edital para concorrer a um contrato de mais de R$ 10 milhões. Na hora de bater o martelo, apenas duas - CTIS e Poliedro - se apresentaram. (...) Foram descobertos repetidos casos de empresas insignificantes, que entravam nas concorrências e depois deixavam o caminho livre para as quatro acusadas. De acordo com a PF, o sistema funcionava sem resistência nos órgãos públicos. "De um lado tem o cartel e, na outra ponta, inevitavelmente, tem a corrupção", diz um dos encarregados do caso. (...)
Comentário
Provavelmente esta matéria não terá seguimento na mídia. De acordo com ela, a CTIS atuava no Ministério da Educação - e em vários outros. Não se sabe em que época passou a atuar no governo federal - mas não é difícil saber.
Em São Paulo passou a atuar nos últimos anos, participando de licitações como CTIS, Poliedro ou Consórcio Educat. No post sobre os contratos de terceirização da Secretaria da Educação de São Paulo e do município, o nome dessa empresa já tinha aparecido - assim como a da Positivo, de Curitiba - outra campeã em licitações públicas.
Aqui, alguns contratos com o governo de São Paulo e a Prefeitura do Município de São Paulo, firmados nos dois últimos anos.
Aqui, as paginas do Diario Oficial de Sao Paulo onde aparecem contratos com a CTIS-Consorcio Educat
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