Texto retirado do site do SINDIPETRO-NF
Petrobrás PUNE petroleiros que participaram da GREVE de março
26/6/2009 - 18:09
“Mexeu com meu companheiro, mexeu comigo”
Como fez em 2001, durante o governo FHC, a Petrobrás volta a punir os trabalhadores que exerceram o direito de greve. Atitude que, além de arbitrária, revela que as gerências da empresa continuam seguindo a risca a cartilha neoliberal de ataques e repressão à categoria.
Primeiro aconteceu na Replan, onde três petroleiros da unidade de craqueamento foram punidos no mês passado por terem aderido à greve. Agora é na Bacia de Campos, onde vários trabalhadores das plataformas estão sendo notificados com advertências e suspensões. As punições são decorrentes do que a Petrobrás arbitrariamente classifica de “excessos cometidos” durante a greve nacional de cinco dias, realizada em março deste ano.
A empresa montou uma comissão interna de apuração na UNBC, formada apenas por gerentes, sem garantir sequer o direito constitucional de defesa aos trabalhadores. As punições estão sendo aplicadas a cerca de 90 petroleiros das plataformas PRA-1, P-12 e P-19, que foram submetidos ao tribunal de inquisição imposto pela Petrobrás.
“Os trabalhadores não cometeram excesso algum durante a greve. Agiram legitimamente, com responsabilidade, cumprindo o direito constitucional de greve, orientados, o tempo todo, pelo sindicato. Ocorreram excessos, sim, mas por parte das gerências, que cortaram a comunicação dos trabalhadores que estavam nas plataformas, praticaram cárcere privado, embarcaram equipes de contingências sem qualquer preparo para lidar com emergências, entre outras barbaridades cometidas durante a greve”, ressalta o coordenador do Sindipetro-NF, José Maria Rangel.
“Enquanto a empresa, através de seu blog, cobra imparcialidade da mídia em relação às notícias publicadas contra a estatal, por outro age de forma autoritária e antidemocrática, ao instalar uma comissão interna para apurar os fatos ocorridos durante a greve, sem ouvir os petroleiros e deixando de fora as ilegalidades cometidas pelas gerências. A empresa exige ser ouvida, mas não ouve seus trabalhadores “, declara José Maria.
As punições sofridas pela categoria são indevidas e arbitrárias. A Plenária Nacional da FUP, que começa no próximo dia 02, no Paraná, irá deliberar sobre como os petroleiros reagirão a mais este ataque ao direito de greve. Um dos princípios da luta de classes é a solidariedade. “Mexeu com meu companheiro, mexeu comigo”, esse lema é ponto de honra para a categoria.
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