Alguns textos na internet chamam atenção quando lidam com as bizarrices do nosso cotidiano moderno, como o artigo sobre o
duplo corpo do Michael Jackson, que, apesar de pitoresco, li por cima, e, depois destas linhas, ainda vou decidir se o lerei por inteiro.
Pedro, o filho do meio, mandou o artigo para o grupo de casa — os pais e três filhos, já avisando com um "hehe" que talvez o Rafa, o mais velho e crítico da turma, não ia curtir.
Não deu outra: mandou seu comentário: "Pra mim, é yada yada MEETS mimimi AKA lixo".
Parei na hora na frase e não consegui conter o riso, imaginando alguém laborando num texto, ou um diálogo, que poderia ser resumido em um "yada yada" ou num "mimimi".
Na manhã seguinte, dando uma carona ao Pedro e à filha mais nova para o trabalho, digo que tinha achado engraçado, e o Pedro: "quase que não mando pro Rafa porque sabia que ele ia zuar". Falei que entendia o "yada yada" — alguém falando ou escrevendo enrolação, mas e o "mimimi"?, seria uma mulher falando? Pedro fala que sim, um som de alguém se queixando, homem ou mulher com voz de choro, e minha filha emenda: "pai, não vai explicar isso para teus colegas de trabalho, porque vai acontecer que, você explicando e explicando, os colegas não entendem nada, loucos pra voltar para suas mesas de trabalho, e você lá, tentando explicar". Pronto: imaginei a cena e novamente começo a rir, agora vendo-a preocupada em passar por V.A. do pai.
Abre-se um parêntese para explicar V.A., que quer dizer "vergonha alheia", que VOCÊ passa, no caso de estar assistindo à cena de outra pessoa vivenciando situação constrangedora. Fecha-se o parêntese.
Prossigo a conversa com os filhos, agora pedindo maiores esclarecimentos sobre AKA, expressão em inglês que é uma abreviatura de "also known as" [também conhecido como], quando se resume ou se refere a um apelido.
Temos então a explicação da frase: "yada yada MEETS mimimi AKA lixo" como:
"yada yada encontra-se com mimimi, mais conhecido como lixo",
Trazendo para o português: "lero lero encontra-se com embromação, mais conhecidos como lixo", ou
mais extenso: "lero lero encontra-se com embromação, parentes da dupla nhémnhémnhém & trololó, também chamados de lixo"
Abre-se outro parêntese: para não cometer uma injustiça, volto pro artigo do começo... não consigo ler mais do que outra leitura dinâmica e seletiva [outras palavras para "leitura por cima"], faço uma comparação mental com o Elvis, e paro aí. Fecha-se o outro parêntese.
Termino o primeiro trajeto, deixo meu filho no seu local de trabalho, sigo na direção do trabalho da filha, ainda comentando a hipotética cena [eu, explicando a hermética frase para os colegas de trabalho], e a filha completa: "você lá, com a paçoquinha na mão, explicando...". Aí foi demais, quase paro o carro com o ataque de riso.
Para os que não sabem, sempre trago paçoquinha para o trabalho, para não correr o risco de comer "quilos" em casa, levo para o trabalho e os colegas também desfrutam.
Agora estou "condenado" a lembrar disso toda vez que saborear uma paçoquinha...
yada yada meets mimimi
vai uma paçoquinha aí?
Abraço!
Ronaldo
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